As ruínas romanas rosa-douradas de Palmira constituem provavelmente o ponto mais alto em todo o Médio Oriente no que toca à grandiosidade e esplendor que um monumento deve ter. É sem sombra de dúvida o monumento que mais se destaca em toda a Síria, não só por ser um dos maiores e mais bem preservados, mas também por todo o contexto em que se encontra, rodeado por um luxuriante oásis em pleno deserto, a três horas de Damasco.
Palmira remonta a mais de quatro mil anos segundo textos descobertos nas ruínas de Mari perto do Iraque. Funcionava como um entreposto comercial como paragem de caravanas que transportavam mercadorias e especiarias entre o Mediterrâneo, a Mesopotâmia e a Península Arábica. Foi também um importante entreposto na antiga Rota da Seda que ligava a China e a India à Europa, o que fez com que Palmira prosperasse e crescesse bastante. No entanto, o seu auge é atingido no tempo dos Romanos.
Actualmente, como tantas outras localidades perto de grandes monumentos, Palmira vive essencialmente do turismo e de pequenos campos agrícolas que sustentam algumas famílias.
Fiquei em Palmira duas noites, para poder apreciar a sua beleza com as mais diversas tonalidades de cor que a luz proporciona, desde o nascer ao pôr-do-sol e sob uma lua cheia. Foram especialmente marcantes os momentos de silêncio, quando escolhia um ponto mais remoto, a uma hora do dia em que houvessem poucos visitantes. Esta tornou-se inesquecível por ter festejado o meu aniversário, na minha última noite.
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