segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Hummus bi tahini e fuul, o meu "brunch" no Médio Oriente

Comer é uma das grandes paixões das pessoas no Médio Oriente. Se existe consenso nesta zona do globo é sobre a arte de comer bem. Como dizia Rafik Schami em Damascus : Taste of a City "esta tradição enraizada de apreciar comida ensinou-me a diferenciar entre a necessidade de encher o estomago e a possibilidade de comer com prazer."

T'mazza significa, em árabe, saborear em pequenas porções. Compararia esta oferta comum no Médio Oriente às tapas espanholas ou ao antipasto italiano, na medida em que consiste numa colecção de aperitivos ou diversos pratos em pequenas quantidades de comida, que nos possibilita experimentar uma variedade enorme, por vezes até complementar entre si, com a vantagem extra de nos retirar a dificuldade de escolher apenas um entre tantos pratos irresístiveis.

Venho assim apresentar um destes pequenos pratos que fez parte, ao longo de meses, do meu pequeno almoço, quase almoço e lanche ao mesmo tempo, ao estilo de um brunch inglês, no Egipto, Israel/Palestina, Jordânia ou Síria. Sempre acompanhados por pão pita claro, e neste caso ainda cebola e azeite.

Trata-se de hummus e tahini com fuul. Hummus é grão de bico cozido, misturado com tahini (sesámo), com limão, azeite, alho e salsa enquanto o fuul tem praticamente a mesma receita, embora sejam favas ao invés de grão e algumas especiarias.

Resta-me dizer que ocasionalmente dá-me uma enorme vontade de um destes pequenos almoços, em especial se for nas casas mais tipicas. Onde se pode comer o "melhor hummus" é uma discussão tão comum nos cafés do Médio Oriente, como discutirmos por cá onde se come os melhores caracóis ou o melhor bitoque. Eu arriscava dizer que seria no Abu Bakri em Acre, de onde é originária esta foto.

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