No final da I Guerra Mundial, a Turquia encontrava-se ocupada pela França, Itália, Grécia e Arménia (com apoio da Russia). Após a Guerra da Independência, as forças ocidentais abandonaram e foram expulsas do que é hoje o território turco.
Um dos desejos de Mustafa Kemal, Presidente turco, que adoptou o nome Ataturk (literalmente traduzido para “Pai dos Turcos”) era unir a nação, o que no caso da região do Egeu significava expulsar as pessoas que falavam grego. Estes já a habitavam há bastante tempo, o que deu origem a "trocas" populacionais com a Grécia, que ocupava esta zona a Oeste.
Como consequência desta mudança, as pessoas que habitavam o território turco e que falavam grego foram transferidas para a Grécia, enquanto que os muçulmanos residentes na Grécia foram transferidos para a Turquia. Comunidades inteiras foram literalmente desenraizadas. Encontram-se relatos que dizem ter sido dos episódios mais marcantes e melancólicos dos primeiros anos da nova República.
Estas fotografias espelham o resultado dessas trocas: as aldeias-fantasma. Nunca foram re-ocupadas, como é o caso de Kayakoy, com cerca de 2000 casas de pedra abandonadas pelos habitantes que falavam grego.
Kayakoy, antiga Karmylassos, permanece intemporal desde então. Intocada, belíssima e, no entanto, num cenário completamente surreal.
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